Para CBT, metrô de SP mostra eficiência da engenharia brasileira

Lazarini foi encarregado de ficar no primeiro vagão, supervisionando o condutor, onde autoridades, funcionários e convidados se apertaram durante a primeira viagem oficial de Metrô, com apenas seis carros. Na ocasião, a população teve que ficar do lado de fora.

O primeiro trajeto percorrido, de 7 km, foi entre as estações Vila Mariana e Jabaquara. “As autoridades pararam em todas as estações. Desciam e olhavam. Depois voltavam para o vagão”, relembrou Lazarini, que hoje trabalha como especialista do Metrô.

Quando chegaram ao Jabaquara, cerca de 3 mil funcionários se amontoaram para andar no meio de transporte moderno para a época, o qual contava com improvisos como uma buzina usada para alertar sobre o fechamento das portas, ideia vinda do México, onde treinou por dois meses. “Era tudo novo. Aprendemos na prática”.

A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô foi constituída no dia 24 de abril de 1968. As obras da Linha Norte-Sul foram iniciadas oito meses depois. Em 1972, a primeira viagem de trem foi realizada entre as estações Jabaquara e Saúde. Em 1974, o trecho Jabaquara – Vila Mariana começou a operar comercialmente.

Construções subterrâneas em prol da qualidade de vida

O Metrô de São Paulo possui cinco linhas em operação. Ao todo são 68,5 quilômetros de rede, 61 estações e 154 trens. Em 2014 foram transportados 1,1 bilhão de passageiros no sistema e ultrapassou a marca de 24,5 bilhões de passageiros transportados desde a sua inauguração em 1974, destacando-se mundialmente pelos resultados obtidos na produção e na qualidade do serviço de transporte público de passageiros sobre trilhos.

Para o professor Tarcísio Celestino, presidente do CBT, devemos comemorar os 41 anos do sistema público de transporte metropolitano. “As mais de quatro décadas de funcionamento do metrô, mostram que esse tipo de mobilidade é muito importante para metrópoles como São Paulo que estão precisando se reinventar, principalmente por conta do aumento do tráfego nas ruas”, diz o presidente.

“O CBT tem a certeza de que construções subterrâneas, como as centenas que fazem parte da engenharia do metrô, serão cada vez mais fundamentais e necessárias para trazer qualidade de vida para São Paulo, fazendo dela uma cidade menos poluída e mais acessível. Nesse sentido, nosso comitê que completa 25 anos tem toda intenção de continuar fazendo parte dessa história. Parabéns a todos que fazem do metrô, um caso emblemático e de sucesso na engenharia brasileira”, completou.

FONTE: com informações do site do Metrô.