Por sua importância para as obras subterrâneas, a impermeabilização foi o tema escolhido pelo CBT para o seminário realizado no Concrete Show 2019, na tarde de sexta-feira, 16/08. O Comitê convidou especialistas de empresas associadas para apresentar soluções e falar sobre a importância da impermeabilização para este tipo de obra.
“O que tiramos de mais relevante de toda a rica discussão que tivemos é a necessidade de incluir a impermeabilização já na concepção do projeto das obras subterrâneas”, destaca o arquiteto Adriano Saldanha, secretário geral do CBT. “E cabe ao Comitê Brasileiro de Túneis, neste sentido, promover ainda mais fóruns de debates como este para reunir projetistas, construtoras e empresas que fabricam e fornecem tecnologia”.
O seminário “Soluções de Impermeabilização para Obras Subterrâneas” teve início com Adriano Saldanha (foto à direita) abordando os conceitos gerais da impermeabilização. Em seguida, o arquiteto Nuno Ferreira, da Soprema do Brasil, apresentou as mantas pré-formadas. Fabio Gallo, engenheiro da BASF, foi o responsável por mostrar aos participantes a manta projetada in loco. Para finalizar, o engenheiro Lucas Lisboa, da MC-Bauchemie, falou sobre os sistemas de cristalização, injeções e tamponamento.
“Há muitas soluções disponíveis, mas cada uma é mais indicada para determinada necessidade”, explica Gallo (foto à esquerda). “Fóruns como este são importantes para que as empresas possam apresentar aos profissionais quais são estas soluções”.
O seminário levantou a importância de se prever a impermeabilização desde a concepção do projeto. “Desta forma, é possível reduzir o custo e aumentar a eficiência do sistema de impermeabilização”, sustenta Lucas Lisboa (foto à direita). “Quando trabalhamos desde o início junto com a projetista, podemos pensar a estrutura como um todo e moldar as soluções etapa por etapa”, ressaltou o gerente de produtos da MC-Bauchemie. Além disso, é possível prever algumas situações e fazer o tratamento necessário antes da construção. Tudo isso diminui o custo tanto de construção quando de manutenção, lembra Lisboa, e aumenta a eficiência da impermeabilização – o que contribui para aumentar a durabilidade da estrutura.
Nuno Ferreira (foto à esquerda) lembrou que na maioria das vezes as empresas especializadas em impermeabilização são chamadas apenas na fase de obra para resolver algum problema que já está em andamento. “Seria muito mais interessante se houvesse uma sinergia maior entre projetistas e fabricantes de tecnologia”, explicou. “Alguns dos problemas poderiam ser evitados se tudo fosse previsto no projeto. Na obra, a empresa que fornece a impermeabilização faria, então, apenas uma fiscalização para que a execução fosse feita da melhor maneira, mas a solução já estaria definida”.
Para que haja a integração necessária entre os fabricantes de tecnologia e as projetistas e construtoras, o CBT é uma importante ferramenta. “Neste seminário vimos que precisamos buscar uma integração ainda maior entre esses players”, afirma Saldanha. “É função do Comitê estimular o debate e disseminar o conhecimento para que a nossa engenharia de túneis seja cada vez melhor”.