Reunindo profissionais da geotecnia que atuaram na construção da Ferrovia do Aço, a mesa-redonda conduzida por Cassio Abeid Moura, diretor Ad Hoc do CBT, foi um dos momentos mais marcantes do Tunnel Day.
Em entrevista concedida à nossa equipe de comunicação durante o evento, Moura relembrou que a Ferrovia do Aço é uma obra icônica para a engenharia de túneis brasileira. “Nunca se fizeram tantos túneis em tão pouco tempo, e por um processo que na época era inovador, o NATM”.
Há mais de 20 anos trabalhando no desenvolvimento de equipamentos e aplicação do concreto projetado e ancoragens, principalmente em contenções de encostas e túneis, o diretor do CBT apontou que a construção da Ferrovia do Aço permitiu a consolidação do método NATM. Nesta entrevista, ele explica como esse processo, criado nos anos 50, foi posto à prova em diversos substratos durante a construção dos 81 túneis da Ferrovia, dos quais 72 ainda se mantêm operacionais.
“Hoje, 10% da soja produzida no Brasil cai da carroceria dos caminhões. Dizem que fazer túnel é caro. Caro é jogar fora 2,6% do PIB”, afirmou.
Confira a seguir a íntegra da entrevista.